Andropausa ou hipogonadismo?

Andropausa ou hipogonadismo?

A menopausa, caracterizada pela irreversível parada da ovulação na mulher, marca o fim do período fértil feminino. O análogo, ou seja, a parada da produção de espermatozóides no homem não existe. Na realidade, existem relatos de homens na nona década que conseguem reproduzir. No entanto, o homem experimenta um declínio gradual de suas funções hormonais, sobretudo na diminuição de testosterona sangüínea circulante e na produção de espermatozóides.

A diminuição da função testicular, associada a sinais de diminuição da virilidade como, diminuição da libido, queda de cabelo, perda de massa muscular e vigor físico, acrescidos a sinais de distonia neurovegetativa, como nervosismo e insônia, podem culminar com o equivalente a menopausa na mulher, isto é, a menopausa masculina.

É verdade que não achamos o termo “menopausa masculina” adequado. Outras definições foram propostas como “climatério masculino” e “andropausa”, mas talvez o mais apropriado seja o termo “Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino – (DAEM) ”.

Independente da terminologia utilizada, é consenso de que o homem idoso apresenta uma diminuição da função testicular que ocasiona um declínio de seu hormônio sexual circulante e como conseqüência, uma série de fatores que alteram a sua qualidade de vida.

Embora a fertilidade seja preservada nos homens na terceira idade, existe um declínio da espermatogênese. A alteração a nível do espermograma é observada principalmente no parâmetro motilidade. A variação entre os homens é grande. Alguns indivíduos idosos apresentam níveis sorológicos de testosterona comparáveis a homens jovens.

Isto confirma que, diferentemente da mulher menopausada onde ocorre uma falência ovariana, os testículos continuam a secretar andrógenos na idade avançada. O testículo, ao contrário do ovário, continua a produzir gametas e a fertilidade persiste até o fim da vida.

Embora seja consenso de que um declínio dos hormônios sexuais ocorre em homens idosos independentemente de seu estado de saúde, é provável que o meio ambiente traga influências positivas (estimulação) e negativas (supressão) neste processo.

Estes fatores ambientais podem ser físico (temperatura, luz, ruído e irradiação), químico (tóxico), biológico (vírus e microorganismos), comportamental (alcoolismo, tabagismo e drogas alucinógenas) ou sócio-econômico (nutrição e higiene).

Além do efeito agudo, a repetição e o acúmulo gerado por todos estes fatores estressantes, durante uma vida inteira, leva a uma progressiva perda das funções fisiológicas do organismo. É notório que homens com sequelas de doenças crônicas (cardiovascular, pulmonar, hepática, etc.) apresentam um efeito negativo nos níveis de testosterona e que, nestas circunstâncias, o declínio androgênico é mais acelerado.

A terapia de reposição de testosterona ou TRT é o tratamento apropriado para pacientes com DAEM clinicamente significante, após a discussão das vantagens e dos possíveis eventos adversos. Os pacientes candidatos à terapia devem entender que o tratamento requer monitoramento médico e acompanhamento periódico.

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